segunda-feira, outubro 6

Passaportes, nós?

Sinceramente, me sinto um passaporte.

E não é desses de uma pessoa que viajou uma vez para a Argentina, voltou, e o jogou no cofre.
É desses passaportes de pessoas que viajam pelo mundo inteiro!

"Mas, Luiz, por que passaporte?"

Vou explicar a analogia. Assim como um passaporte que recebe inúmeros carimbos, me sinto "carimbado" pelas pessoas. Sim, verdade.

Parece que para ser uma boa pessoa, você tem que ter os seguintes carimbos: "Não jogue lixo na rua"; "Faça caridade"; "Reze todas as noites"; "Vá à missa aos Domingos"; "Seja sempre bom com os outros", dentre outros. Se falta um desses, "me desculpe, você não é uma boa pessoa".

Ahh... É muito pra minha cabeça.

Para você ser um cara adolescente: "Cuspa no chão"; "Seque 'as mina', brow!"; "Comente alto sobre a bunda da garota que passou"; "Prefira fazer horas de academia a ler".

É tão ridículo. É tão anulante, que eu tenho um medo dessas pessoas. Sério... Sério mesmo. Para mim, pessoas que compram essa idéia e a usam diariamente (inclusive para excluir aqueles que são aquilo, e não tem todos os carimbos), são muito pequenas. Precisam de um plano de vida. Precisam se agarrar nessas convicções bestas para que, quando alguém as questione sobre aquilo que elas são, possam apontar os seus carimbos e dizer: "Olhe! Eu sou assim! Não precisa me questionar a respeito!"

Seria tão mais fácil rasgar esses passaportes. Fazer amizades. Expor nossas vidas, nos ajudar mutuamente. Mas não... Ser humano é ser humano, né. Tem que inventar comportamentos para classificar aqueles que são ou não daquele tipo.

Sou contra esses estereótipos bizarros. Sou contra essa fábrica de comportamentos que as pessoas levam consigo. Para quê? Para provar para alguém algo que nem está certo dentro de você mesmo?

Besteira, né.

As vezes, esse comportamento é tão inconsciente que não nos damos conta que somos adeptos dele. Quebre as correntes da incosciência, e descubra que você é muito mais! Seja livre para ser e fazer o que quiser! Só não esqueça do bom senso, e que fique máxima: "Faça o que quiser, desde que não maltrate nada ou ninguém".

E você? Já rasgou seu passaporte?

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