domingo, janeiro 25

Inspiração

De uns 5 meses pra cá, eu comecei a perceber uma característica muito curiosa em mim.

Quando eu assisto a algum tipo de filme, ou seriado, ou minissérie, que, de certa forma, consiga passar uma emoção ou alguma mensagem que toca lá no fundo, eu me inspiro.

As palavras brotam na minha cabeça. A cabeça já imagina cenas, situações, frases, conjunções.
Cartas para ninguém são escritas, e uma satisfação rompe no peito.

Me sinto completo quando consigo escrever com o coração. Acompanhei todos os capítulos de "Maysa: Quando fala o coração". A vida de Maysa, sob uma direção de arte e de atuação impecável, aliados à direção-geral de Jayme Monjardim, fez com que janelas fechadas fossem abertas.

Tudo naquilo me inspirava. As cenas, os amores, as tragédias e, principalmente, as músicas.
Ahhh! As músicas! A voz de Maysa Matarazzo transborda sentimento triste e forte. Causa algo semelhante ao que acontece quando ouço Evinha, que tem uma voz mais sincera e energética.

Cheguei a escrever vários contos após assistir a filmes que me inspiraram. Às vezes eu os apago. Às vezes, os conservo nos confins do meu HD. Mas o importante é que eu escrevi. E que experimentei daquela sensação de estar integrado com si mesmo e com o Mundo.

Porque a meta de vida de uma de minhas facetas é ser um escritor que consiga exprimir com clareza e com sinceridade aquilo que está preso dentro dele. Mostrar ao mundo do que ele é capaz.

Estar perto de si é estar perto da essência de tudo. E estar perto da essência de tudo, te deixa perto do Mundo. Nada trás uma sensação melhor do que estar integrado com o Mundo.

Acho que é por isso que eu mantenho o Infinito Particular. É simplesmente uma pasta de manuscritos onde eu posso oferecer as minhas idéias às pessoas. É algo tão pessoal, mas quem disse que o que é pessoal tem que estar restrito aos limites da sua mente?

Não tenho medo e nem vergonha de me expor. Se expor aos outros te deixa forte. Faz você perceber que a Vida é muito mais que opinião dos outros. Faz você perceber o quanto é superior aos outros, que por não terem nada melhor para fazer, fazem chacotas de suas idéias que, no fundo deles, gostariam de ter tido antes.

Sim, é difícil estar um pouquinho a frente do esculacho popular.

quinta-feira, janeiro 15

Ansiedade

- 2008 em números -

6 marca-textos
Cerca de 300 (ou mais!) folhas para anotações
1 bloco com 150 Post-It's
Cerca de 1000 (ou muito mais!) exercícios resolvidos
Litros e mais litros de água, café e chá verde
Cerca de 2 cartelas de Anador
58 posições diferentes para estudar
365 (ou mais!) preces para me concentrar
1 borracha
5 canetas Bic
2 caixinhas de grafite 07
Centenas de Tarefas Mínimas e Complementares
Entre muitas outras conseqüências de HORAS E HORAS E HORAS de estudo!

2008 foi o ano que, de longe, eu estudei mais.

Horas em cima de exercícios, centenas de livros, livros e livros, esquemas loucos para decorar Biologia, regras cômicas para lembrar de Química, milhares de exercícios!

Enfim, tive meus métodos. E tive as minhas chances para mostrar que todo esse esforço causou um resultado bom. Agora, um antigo sentimento está me arrebatando: a ansiedade.

Sou muito ansioso. Muito.
Minha ansiedade é mental. Não consigo controlar. Tento desviar minha atenção para certa atividade, mas lá está ela, me lembrando que o resultado sairá daqui a 14 dias.

O resultado.
Vamos falar sobre ele.
Minha vida, com certeza, mudará depois dele. Se for aprovado, mudarei de cidade, de grau de estudo. Se não, será um ano intenso. Com todos aqueles números lá em cima do post multiplicados por 2 (o que não é pouco).

Ai, ai... Esse resultado, viu. 14 dias.
14.
Dias.
De.
Ansiedade.
Pura.
E.
Sublime.

14. Dias.

Como eu queria um resultado antes!

sábado, janeiro 10

Índia e Eu

Desde pequeno, sempre tive um lado transcedental.
Sempre gostei de magia, de coisas fantásticas e incríveis.
E sempre, sempre, fui apaixonado pela Índia.

Hoje de tarde, assisti um filme que marcou, mesmo que seja de uma forma inconsciente, a minha infância. Ele mostrava a estória de uma garota que foi deixada numa escola de boas maneiras na Inglaterra, enquanto seu pai foi combater na 2ª Guerra. Eles, antes de mudarem para Londres, moravam na Índia, local onde a garota tirou inúmeros contos que, cá pra nós, são interessantíssimos.

Enfim... O filme é bonito e tudo, mas ele resgatou em mim o faz-de-conta. Ahh... Como era bom brincar de faz-de-conta!! Sério... Eu adorava. Passava a tarde e a noite inteiras brincando disso com o pessoal da rua.

Uma hora éramos comissários de bordo, num avião que caía numa ilha deserta; outra, éramos empresários ricos que andavam de limusine; outra, éramos cientistas... Era muito bom.

E esse passado, hoje, parece tão distante. Tão onge dessa batalha de Universidades, de anseios, de valores. Mergulhei numa piscina de ideologias, onde animais desfigurados querem a minha cabeça. Enquanto a imaginação era o começo do meu trampolim, do meu porto seguro. Onde eu só admirava, lá de cima, aquela piscina movimentada chamada Vida.

Eu vivia, é claro. Mas não estava vivendo no mundo que a maioria das pessoas vivem. A Piscina.

Queria escalar meu trampolim, e de lá não sair. Não queria mergulhar ainda mais fundo. Mas ando percebendo que existem salva-vidas nesse mundo tão encharcado de interesses e ganância. Queria estar alheio a isso. Queria perceber que essa piscina, na verdade, poderia ser um tanque de águas calmas e gentis, onde o Respeito prevalecesse.

Mas voltando à India. Adoraria conhecer mais sobre a cultura, culinária e deuses. É um povo pobre. Mas riquíssimo. Entende?

A profusão de dourados, vermelhos, laranjas, amarelos. Enfim, com aquele azul impactante da pele dos deuses. Tudo na Índia é sacro. Tudo é minucioso, cuidadoso. Tudo é tão... Tão perfumado, tão diferente.

Amo-te Índia.

Serás meu 2º destino, quando sair do Brasil.
O 1°? Continue a ler.