segunda-feira, julho 28

Peixes, os amigos do meu aquário

Não é novidade, nem pra mim, e nem pra quem leu boa parte desse blog, que eu me sinto, às vezes, deslocado do resto do mundo. É como se eu girasse no sentido contrário do planeta. É como se eu fosse um peixe em um aquário, enquanto o resto do mundo me observasse e batesse seu dedo no vidro.

Porém, isso não é ruim. Só me sinto incomum. Estranho. E atemporal. Sim, é isso. Atemporal. Sou atemporal. Princinpalmente quanto ao resto dos outros garotos, que curtem rock, são agressivos, cuspem e peidam em público, e acham tudo isso tão divertido e inebriente. Na minha opinião, essas atitudes (dignas de, digamos assim, símios) são exteriorizações de um íntimo conturbado e inseguro. Talvez sejam reflexos de uma auto-afirmação causada pela pressão que sua própria família e meio em geral exerceram durante toda a vida.

As reticências da frase "Homem que é homem..." são tão estúpidas e arcaicas, que, hoje, eu rio ao ouví-las. Ahh... Como eu rio. E rio mais ainda daqueles que a seguem. São apenas peixes nadando na correnteza das influências cegas e tolas. Enquanto eu nado contra; persisto em ir contra. Porque eu não sou assim. E nem seria. Não tenho a coragem de entregar a minha vida, e vivê-la, de acordo com bobices. Sou bem seguro quanto ao que sou. E não preciso de uma correnteza dessa "magnitude".

É isso. Um desabafo de final de julho. Só para fechar o mês com, ao menos, um post.

E para quem quer que esteja lendo isso: seja o que você é. Lute com unhas e dentes para moldar os seus limites dentro dessa sociedade. Encontre seus ideais, e os venere e os proteja. E para quem se encontra em situação parecida com a minha, saiba que não está sozinho. Nunca estará...