quinta-feira, agosto 28

Os cordões sociais

Quando nascemos, a quietude, a solidão positiva e toda a tranqüilidade do útero são rompidas. Somos expelidos do ventre de nossas mães, e o único cordão físico que nos liga à elas é cortado.

Quando crescemos um pouco, e os nossos sentidos começam a estar mais desenvolvidos, as influências começam a nos bombardear. A maneira como nossos pais falam e agem, os programas de TV, as músicas, as cenas que presenciamos... Enfim, tudo é base para o ser humano que se formará.

E quando somos mais crescidos ainda, as visões de sociedade, a visão política, juntamente com as nossas inseguranças e incertezas, tratam de moldar nossa personalidade. Cordões sociais começam a se formar. Começam a transmitir, diretamente, informações, modos de agir e pensar...

E é isso. Somos impulsionados a ser o que a sociedade quer. O Determinismo é uma das teorias mais significantes, para mim. O meio determina e nos molda, com certeza, principalmente quando não temos pensamento e personalidade formados, como na infância e adolescência.

Por isso que o adolescente maduro é valorizado. Na condição de maturidade, ele é menos suscetível à opinião alheia, conservando, assim, a formação que a família lhe deu. E, na teoria, isso sempre é bom.

Na teoria...

sábado, agosto 23

O rio mudou de fluxo. Novamente...

Até a 6ª série, eu queria ser veterinário.
Quando vi um médico fazer o parto de uma égua num desses canais de TV a cabo, perguntei pro meu pai o que era aquilo, ele disse: "Será você no futuro!".

Desisti da profissão.

Eu ainda não me conhecia. Foi quando no ano seguinte, quando uma professora minha me entregou uma redação, dizendo que era um dos melhores textos feito por alunos que ela já tinha lido. Eu fiquei sem graça. E perguntei no que uma pessoa boa de escrita trabalhava, e ela respondeu: "Jornalismo!" - com aquelas bochechas rosadas.

Ok. Jornalismo foi a minha meta durante a 7ª, 8ª, 1° e 2° ano do Fundamental e Ensino Médio.

MAS, nesse interim (adoro essa palavra), comecei a fazer Teatro. E me apaixonei. E me viciei. E me desesperei, porque queria seguir a carreira; me dedicar 100% ao Teatro. Então decidi, em meados de 2008, prestar Artes Cênicas.

Mas a questão econômica pesou. E eu fui amando, com o passar dos meses, Biologia. Na verdade, lembro como se fosse ontem, de um trabalho sobre alimentação que tinha feito na 5ª série. Tinha adorado fazê-lo. Pesquisar sobre vitaminas, o que elas fazem com os nossos corpos. Enfim...

Agora farei Nutrição. Mas eu ainda adoro animais. Ainda escrevo bem. E ainda sou um ótimo ator.

Não abandonei o Teatro. É isso que me faz sentir o sangue nas veias. As emoções nos arrepios. É as dores no coração. É ele a magia da minha vida.

quinta-feira, agosto 21

Texto que compus ouvindo "Slave to Love" de Róisín Murphy

"Corra! Corra contra a parede.
Derrube-a. Derrube seus limites, suas concepções.
Entre em êxtase. Perca as percepções.
Mostre as emoções.
Parta corações!
Seja você, sem se perder na vontade de ser mais alguém.
Queira a singularidade na vida, na dança e no choro.
Seja ritmado, compassado. Engraçado. Bem-Humorado.
Quem gasta a vida no mau-humor não merece ser valorizado.
Ria de mim. Ria deles. Ria de quem puder.
Você pode me machucar. Mas nunca me romper.
Esse texto dedico à mim. E ao mundo. E à unicidade de cada vida.
Ao seu riso incrédulo, aos seus comentários depois.
E às palavras tórpidas que sairão da sua boca sobre mim.
Sobre você.
Sobre nós dois".