terça-feira, setembro 16

Futilidade

Me considero uma pessoa humanista. Mas sou um humanista só de emoções. Não faço muitas coisas pra colaborar com essas injustiças que assolam os telejornais. Tento reciclar o lixo, tento controlar o uso de água e energia, e vou com sacos orgânicos para o mercado, afinal, sacolinhas plásticas demoram uns trocentos anos para se decompor.

Mas, acho que a minha principal contribuição para com essas causas é a de não perder o vínculo com a consciência. Consciência de saber que vivemos num mundo onde um continente inteiro sofre de AIDS, passa fome, e é explorado até os dias de hoje. Consciência de que meu dinheiro, ao invés de ser gasto com anéis, perfumes e marcas de grife, poderia ser investido em ONG's. Enfim, hoje, ainda sou dependente, não trabalho. Porém, se você se incomoda com esses fatos medonhos de miséria, fome e peste, basta um passo, um começo, um início.

Ou será que você é tão desumano ao ponto de fechar os olhos para isso? Será que você é tão fútil assim? Acho que gastar um dinheiro muito alto em objetos de "status" é uma maneira de você suprir o buraco da auto-estima que há dentro de você; afinal, para mim, uma pessoa que faz esse tipo de coisa, deve ter uma auto-estima péssima.

Enfim... A Vida sabe o que faz.

Foi só um desabafo. Um bufo de indignação perante a futilidade alheia. Uma dica: procure se preocupar mais com o outro. Sei que num mundo onde o capital governa, as pessoas são menos calorosas, mais voltadas ao material... Mas quebre isso. Mesmo que seja só você. E não tenha vergonha de ser visto como "O Defensor dos Pobres". Se você tem condições, por que não ajudar ao próximo?

E esse post foi para mostrar a minha decepção com uma pessoa que pensei em ser algo que, realmente, não é...

sábado, setembro 6

Opinião Alheia e o que penso a respeito

Tenho uma conta no Orkut, assim como os milhares de brasileiros que têm acesso a Internet. Toda vez que acesso meu perfil e vejo alguém que o visitou, penso: "O que será que ele viu?"; "Será que ele acessou meu blog?"; "O que ele anda achando de mim?".

E tudo isso, toda essa auto-indagação, não é a título de preocupação. Porque, na verdade, eu tô me ferrando para o que os outros acham de mim, por mais maldosos e imbecis que sejam seus comentários. Já disse que o verdadeiro valor dos comentários não está no seu conteúdo, e sim naquele que os emite.

Mas eu queria ser uma espécie de éter, penetrar no consciente alheio, ver o que essa pessoa pensa, não só sobre mim, mas sobre tudo. Suas lembranças, suas memórias. Seus traumas, suas influências.

Para quem convive e estuda comigo, sei que pareço metido e chato pra caralho. Mas, se você realmente me conhece, sabe que eu respeito muito o espaço do outro. E que não sou o tipo de pessoa efusiva, que sai por aí cumprimentando, conversando, perguntando. Sou comunicativo quando quero ser. E sei ser efusivo com quem vale a pena o ser.

Só espero que você seja sábio o suficiente para entender isso aqui. E sábio também para analisar a criticidade dos seus próprios comentários. De se por no lugar do alvo que os recebe, mesmo sem saber.

Depositar raiva, deboche e ironia no conceito de uma pessoa só empobrece a nossa alma. É uma questão de perda de tempo. Simplesmente, perda de tempo...