sábado, janeiro 10

Índia e Eu

Desde pequeno, sempre tive um lado transcedental.
Sempre gostei de magia, de coisas fantásticas e incríveis.
E sempre, sempre, fui apaixonado pela Índia.

Hoje de tarde, assisti um filme que marcou, mesmo que seja de uma forma inconsciente, a minha infância. Ele mostrava a estória de uma garota que foi deixada numa escola de boas maneiras na Inglaterra, enquanto seu pai foi combater na 2ª Guerra. Eles, antes de mudarem para Londres, moravam na Índia, local onde a garota tirou inúmeros contos que, cá pra nós, são interessantíssimos.

Enfim... O filme é bonito e tudo, mas ele resgatou em mim o faz-de-conta. Ahh... Como era bom brincar de faz-de-conta!! Sério... Eu adorava. Passava a tarde e a noite inteiras brincando disso com o pessoal da rua.

Uma hora éramos comissários de bordo, num avião que caía numa ilha deserta; outra, éramos empresários ricos que andavam de limusine; outra, éramos cientistas... Era muito bom.

E esse passado, hoje, parece tão distante. Tão onge dessa batalha de Universidades, de anseios, de valores. Mergulhei numa piscina de ideologias, onde animais desfigurados querem a minha cabeça. Enquanto a imaginação era o começo do meu trampolim, do meu porto seguro. Onde eu só admirava, lá de cima, aquela piscina movimentada chamada Vida.

Eu vivia, é claro. Mas não estava vivendo no mundo que a maioria das pessoas vivem. A Piscina.

Queria escalar meu trampolim, e de lá não sair. Não queria mergulhar ainda mais fundo. Mas ando percebendo que existem salva-vidas nesse mundo tão encharcado de interesses e ganância. Queria estar alheio a isso. Queria perceber que essa piscina, na verdade, poderia ser um tanque de águas calmas e gentis, onde o Respeito prevalecesse.

Mas voltando à India. Adoraria conhecer mais sobre a cultura, culinária e deuses. É um povo pobre. Mas riquíssimo. Entende?

A profusão de dourados, vermelhos, laranjas, amarelos. Enfim, com aquele azul impactante da pele dos deuses. Tudo na Índia é sacro. Tudo é minucioso, cuidadoso. Tudo é tão... Tão perfumado, tão diferente.

Amo-te Índia.

Serás meu 2º destino, quando sair do Brasil.
O 1°? Continue a ler.

Um comentário:

Just me disse...

Eu sei de qual filme está falando! Não me recordo o nome agora, mas é um filme maravilhoso, tirando a parte triste onde a menina fica sozinha e tal. Vai parecer bizarro, mas eu adorava(adoro) esse filme. Me traz boas lembranças.
E sim, a cultura indiana é riquíssima. Ano passado fiz um trabalho pra Antropologia sobre a questão da Caxemira, então tive que pesquisar sobre a cultura indiana na região que, embora não seja muito do país como um todo, já dá pra se ter uma idéia. Com certeza deve ser um lugar ótimo pra se visitar.